Tuesday, February 2, 2010

Mais Serra do Caraça

No primeiro dia de 2010 estava prevista a caminhada a Campo de Fora, que seria de aproximadamente 14 kms, ida e volta.
A julgar pela chuva que tinha caído na véspera as perspectivas não eram boas, mas incrivelmente o dia amanheceu somente nublado.
Começamos a caminhada e fui relembrando a paisagem inalterada de dez anos passados.


     Cupinzeiro



A trilha iniciou tranqüila, mas depois entramos em mata cerrada, com muita água e trechos de lama. O desnível não era tão grande, mas também não era um caminho plano.
Conversei com João Julio, e foi legal relembrar a trilha feita no passado, ele me indicou os diversos picos da região, muito bonitos de longe, mas que pela falta de tempo não conseguiria fazer.
Em um ponto saímos da mata fechada para dar em um pequeno descampado, com a visão do campo e montanhas ao fundo. E nesse local a vegetação era já diferente: cerrado, característica pelos arbustos e plantas de pequena altura.




Paramos para esperar o grupo que caminhava mais lentamente e aproveitamos para comer. Nisso nuvens carregadas chegaram rápidas e tivemos que tirar as capas de chuva... Durou apenas um minuto!
Continuamos a caminhada, pois faltava ainda uma hora para chegar à cachoeira, o destino final do dia.
O resto da trilha era aberto e curtimos a paisagem e a variedade de plantas do cerrado. Enfim chegamos.
Para descer e poder tomar um bom banho tinha um local meio exposto, mas para minha surpresa desci sem muitos problemas. Chegamos num pequeno platô, que na verdade era a primeira parte da cachoeira que depois continuava sua queda por mais uns 50 metros. Nisso olhando para baixo, João Julio me indicou o ponto onde quase caí dez anos antes.



A água estava fria, mas a vontade de fazer uma hidromassagem foi maior e em minha opinião não tem coisa mais relaxante que ficar debaixo de uma queda d’água.
A volta foi tranqüila, mas a maioria acabou chegando bem cansada. Eu me sentia muito bem, obviamente também com um pouco de fadiga.
À noite fomos jantar num pequeno vilarejo muito interessante chamado Brumal, com casas e igreja no estilo colonial português. Eu e mais um pessoal decidimos voltar a pé para a pousada: mais 3 kms de caminhada!
O dia seguinte amanheceu com um belíssimo sol.
Antes de partir visitamos o alambique que tinha ao lado da pousada. Não era muito grande, mas muito legal ver como é a produção da cachaça.



Alambique
Seguimos para o parque novamente para fazer a trilha da Cascatona. Mais da metade das pessoas decidiu não fazê-lo, pois eram mais outros 12 kms. No fim o grupo era mais compacto e caminhamos mais rapidamente. A trilha também estava bastante encharcada, mas a fizemos sem problemas, apesar de que quando saímos da mata fechada estava bastante calor.
Chegando a Cascatona o visual foi fantástico, a quantidade de água era enorme. Estávamos na parte de cima e tínhamos uma visão geral do vale maravilhosa.



Descemos até um pedaço da cachoeira, com trechos bastante íngremes na rocha. Nessa não foi possível tomar um banho, o volume de água era tão grande que seria muito complicado.
Vimos a cachoeira de baixo para cima e o único banho que tomei foi o borrifo que vinha da água que caía de uma altura de uns 70 metros. Além de estar circundado por um pequeno arco-íris.



Retornamos ao mosteiro bastante cedo, o que nos permitiu visitar a cascatinha também, pois seria a mais uma hora de caminhada fácil.
No meio do caminho deparamos com pegadas de Lobo-guará. Chegando lá deu para aproveitar bastante a cachoeira, a hidromassagem foi tão boa que quase perdi o fôlego pela força e temperatura fria da água.
Mas sai dali com uma sensação de leveza que não tenho como descrever.


     Pegada Lobo-Guará

Retornando ao mosteiro reencontramos o resto do pessoal e a luz do final de tarde era encantadora. Jantamos por ali mesmo e antes de retornar a pousada fiz uma fotos do calvário, que tinha um cenário muito especial com aquela luz.
Infelizmente não poderíamos ver os padres alimentando o Lobo-guará, pois seria mais tarde e assim não poderíamos sair do parque. Mas não tinha importância, o dia tinha sido fantástico.



E assim terminava a estada no Caraça, pois no dia seguinte pegaríamos a estrada de volta a São Paulo durante todo o dia.
Nos despedimos de Eduardo e Consuelo, os proprietários da pousada, um casal muito simpático e hospitaleiro, que nos deixaram tão a vontade que nem parecíamos clientes.
Foram 12 horas de viagem cansativa, mas estava muito contente por ter podido retornar num lugar tão especial.






Outras fotos da Serra do Caraça

2 comments:

  1. Nossa eh muito bonita as cachoeiras as igrejas e maravilhoso

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  2. eu fui em serra do caraça com a excurção da escola eu achei muito bunito as cachoeiras a escolas onde hj é um museu onde dom pedro 1 e 2 dormiram

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